segunda-feira, 17 de maio de 2010

The house of Night : MARCADA para ler OnLine CAPITULO 3

TRÊS
A primeira vista meu padrasto-perdedor, John Heifer, parece ser um cara ok, até
mesmo normal. (Sim, esse é realmente seu sobrenome –e, infelizmente, também é agora
o sobrenome da minha mãe. Ela é a Sra. Heifer. Dá pra acreditar nisso?). Quando ele e
minha mãe começaram a sair eu ouvi alguns dos meus amigos da minha mãe chamar ele
de “bonito” e “charmoso.” No começo. É claro que a mãe agora tem todo um novo grupo
de amigos agora, um que o Sr. Bonito e Charmoso acha mais apropriado que o grupo de
divertidas mulheres solteiras que ela costumava sair.
Eu nunca gostei dele. De verdade. Eu não estou dizendo isso agora só porque eu não
o suporto agora. Desde o primeiro dia que eu o conheci eu vi apenas uma coisa –
falsidade. Ele finge ser um cara legal. Ele finge ser um bom marido. Finge até mesmo ser
um bom pai.
Ele parecia como qualquer pai. Ele tem cabelo escuro, pernas magras, e está ficando
mais magro. Os olhos dele são como a alma dele, um limpo, frio de cor marrom.
Eu fui a sala de estar e o encontrei parado perto do sofá. Minha mãe estava parada
perto do fim dele, segurando as mãos dele. Os olhos dela já estavam vermelhos e
marejados. Ótimo. Ela ia bancar a machucada e histeria mãe. É uma atuação que ela faz
bem.
John tinha começado a tentar me espetar com seus olhos, mas minha Marca o
distraiu. O rosto dele se virou em desgosto.
“Fica atrás de mim, Satã!” ele citou no que eu gostava de pensar que era a sua voz
de sermão.
Eu suspirei. “Não é o Satã. É apenas eu.”
“Agora não é hora para sarcasmo, Zoey,” disse minha mãe.
“Eu cuido disso, querida,” disse o padrasto-perdedor, dando tapinhas no ombro dela
antes de virar sua atenção de volta para mim.
“Eu disse a você que seu mal comportamento e sua atitude problemática iriam ter
conseqüências. Eu não estou nem surpreso que isso aconteceu tão cedo.”
Eu balancei a cabeça. Eu esperava isso. Eu realmente esperava isso, e ainda sim era
um choque. O mundo inteiro sabia que não havia nada que alguém pudesse fazer para
trazer a Mudança. Todo o “se você é mordida por um vampiro você vai morrer e virar um”
era estritamente fictício. Os cientistas estavam tentando entender o que causa a
seqüência de efeitos físicos que leva ao vampirismo por anos, se eles descobrissem
poderiam conseguir uma cura, ou pelo menos inventar uma vacina. Até agora, não
tiveram sorte. Mas agora meu padrasto-perdedor, John Heifer, tinha de repente
descoberto que comportamento adolescente ruim – especificamente o meu mal
comportamento, o que consistia principalmente numa mentira ocasional, alguns
pensamentos irritados e comentários espertinhos dirigidos principalmente aos meus
parentes, e talvez alguma semi luxuria por Ashton Kutcher (é triste dizer que ele gosta de
mulheres mais velhas) – traziam esse tipo de mudança física no meu corpo. Bem, bem!
Quem diria?
“Isso não é algo que eu causei,” eu finalmente consegui dizer. “Isso não foi feito por
minha culpa. Foi feito comigo. Todos os cientistas do planeta concordam com isso.”
“Os cientistas não sabem de tudo. Eles não são homens de Deus.”
Eu apenas o encarei. Ele era um Ancião das Pessoas de Fé, uma posição que ele era
oh, tão orgulhoso. Era uma das razões do porque mamãe se sentia atraída por ele, e em
um sentido estritamente lógico eu podia entender por que. Ser um Ancião significava queo homem tinha sucesso. Ele tinha o trabalho certo. Uma boa casa. A família perfeita. Ele
deveria fazer as coisas certas e acreditar no caminho certo. No papel ele deveria ser uma
ótima escolha para ser o novo marido e pai. Pena que o papel não mostra a história toda.
E agora, previsivelmente, ele iria bancar o Ancião e jogar Deus na minha cara. Eu aposto
que minhas novas botas Steve Madden não iriam irritar Deus tanto quanto ele me irritava.
Eu tentei de novo. “Estudamos isso na aula de biologia. É uma reação física que
acontece com alguns dos corpos dos adolescentes enquanto o níveis de hormônios
aumentam.” Eu parei, pensando bastante e totalmente orgulhosa de mim mesma por
lembrar de algo que aprendi no semestre passado. “Em certas pessoas os hormônios
dispara algum tipo de ou algo a... a...” eu pensei mais e lembrei: “um DNA viciado se
sobressai, o que começa a Mudança.” Eu sorri, não para John, mas porque estava feliz
pela minha habilidade de lembrar coisas de uma unidade que tínhamos acabado a meses.
Eu sabia que o sorriso era um era quando eu vi a mandíbula dele se apertando de maneira
familiar.
“O conhecimento de Deus ultrapassa o da ciência, e é uma blasfêmia você dizer ao
contrario, mocinha.”
“Eu nunca disse que cientistas eram mais espertos que Deus!” eu joguei minhas
mãos para cima e tentei segurar uma tosse. “Só estou tentando explicar essa coisa pra
você.”
“Eu não preciso ter nada explicado para mim por uma adolescente de 16 anos.”
Bem, ele estava usando uma daquelas calças muito ruins e uma camisa horrível.
Claramente ele precisava que algumas coisas fossem explicadas por uma adolescente,
mas eu não achei que fosse a hora certa para mencionar esse infeliz e obvio acidente de
moda.
“Mas John, querido, o que vamos fazer sobre ela? O que os vizinhos vão dizer?” O
rosto dela ficou ainda mais pálido mais do que quando ela tinha dado um pequeno soluço.
“O que as pessoas vão dizer na Reunião no domingo?”
Ele cerrou os olhos quando abri minha boca para responder, e me interrompeu antes
que eu pudesse falar.
“Vamos fazer o que uma família de Deus deveria fazer. Vamos deixar isso na mão de
Deus.”
Eles iam me mandar para um converto? Infelizmente, eu tive que lidar com outra
rodada de tosse, então ele continuou falando.
“Também vamos ligar para o Dr. Asher. Ele vai saber o que fazer para acalmar essa
situação.”
Maravilhoso. Fabuloso. Ele ia chamar nosso psicólogo de família, o Cara
Inacreditavelmente sem Expressão. Perfeito.
“Linda, ligue para o numero de emergência do Dr. Asher, e eu acho que seria sábio
ativar a árvore de telefone de oração. Se certifique que os outros Anciões saibam que tem
que se reunir aqui.”
Minha mãe acenou e começou a levantar, mas as palavras que saíram da minha boca
a fizeram voltar para o sofá.
“O que! Sua resposta é ligar para um psicólogo que não tem idéia de como lidar com
adolescentes e chamar todos aqueles estúpidos Anciões para virem aqui? Como se eles
fossem sequer tentar entender? Não! Você não entende? Eu tenho que ir embora. Hoje a
noite.” Eu tossi, de um jeito que fez meu peito doer. “Vê! Isso só vai piorar se eu não ficar
perto dos...” eu hesitei. Porque é tão difícil dizer “vampiros?” Porque soava tão estranho-e
finalmente, - parte de mim admitiu, tão fantástico. “Eu tenho que ir para a House of
Night.”
Mamãe pulou, e por um segundo eu achei que ela fosse me salvar. Então John pôs
seus braços ao redor dos ombros dela de forma possessiva. Ela olhou para ele e quando
olhou de volta para mim seus olhos pareciam quase pedir desculpas, mas as palavras
dela, tipicamente, refletiam apenas o que John iria querer que ela dissesse.
“Zoey, certamente não iria doer nada se você passasse a noite em casa?”
“É claro que não iria,” John disse para ela. “Tenho certeza que o Dr. Asher vai ver a
necessidade de uma consulta em casa. Com ele aqui ela ficara perfeita.” Ele bateu
levemente no ombro dela, fingindo ser atencioso, mas ao invés de doce ele soou fingido.
Eu olhei para ele e para minha mãe. Eles não iam me deixar ir embora. Não hoje a noite,
e talvez nunca, pelo menos até eu ter que ser atendida pelos paramédicos. Eu de repente
entendi que não era só sobre essa Marca ou o fato que a minha vida tinha mudado
completamente. Era sobre controle. Se eles me deixassem ir, de algum jeito eles iriam
perder. No caso da minha mãe, eu gostava de pensar que ela tinha medo de me perder.
Eu sabia que John não queria perder. Ele não gostava de perder sua preciosa autoridade e
a ilusão de que éramos todos uma família feliz. Como mamãe já tinha dito, o que os
vizinhos iam pensar – o que as pessoas iriam pensar na Reunião no domingo? John tinha
que preservar a ilusão, e se isso significasse me deixar muito, muito doente, bem então,
esse era um preço que ele estava disposto a pagar.
Mas eu não estava disposta a pagar isso.
Eu acho que era hora de colocar as coisas nas minhas próprias mãos (afinal de
conta, elas eram bem tratadas).
“Ótimo,” eu disse. “Chame o Dr. Asher. Comece a árvore de ligações pelo telefone.
Mas você se importa que eu vá deitar até todos chegarem aqui?” Eu tossi de novo para
fazer média.
“É claro que não, querida,” disse mamãe, parecendo obviamente aliviada. “Um
pequeno descanso provavelmente vai fazer você se sentir melhor.” Então ela se afastou
do braço possessivo de John. Ela sorriu e então me abraçou. “Você gostaria que eu
pegasse pra você um pouco de remédio pra tosse?”
“Não, estou bem,” eu disse, me agarrando a ela só por um segundo desejando com
tanta força que voltássemos a 3 anos atrás e ela ainda fosse minha – ainda estivesse do
meu lado. Então eu respirei fundo e me afastei. “Estou bem,” eu repeti.
Ela olhou para mim e acenou, me dizendo que ela sentia muito do único jeito que
podia, com os olhos.
Eu me afastei dela e comecei a voltar para o quaro. Para as minhas costas o meu
padrasto-perdedor disse, “e porque você não faz um favor a todos nós e vê se consegue
achar alguma maquiagem para esconder essa coisa na sua testa?”
Eu nem parei. Eu só continuei andando. E eu não ia chorar.
Eu vou lembrar disso, eu falei a mim mesma com firmeza. Eu vou lembrar do quão
horrível eles fizeram eu me sentir hoje. Então quando eu estiver assustada e sozinha e o
que mais for acontecer comigo, eu vou lembrar que nada poderia ser tão pior quanto ficar
presa aqui. Nada.

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