segunda-feira, 17 de maio de 2010

Livro The house of Night MARCADA para ler OnLine CAPITULO 1


UM
Bem quando eu achei que meu dia não podia ficar pior eu vi o cara morto parado
perto do meu armário. Kayla estava falando besteira sem parar na sua tagarelice usual, e
ela nem notou ele. No inicio. Na verdade, agora que eu penso sobre isso, ninguém o
notou até que ele falou, o que é, tragicamente, mas uma evidencia da minha incapacidade
de me ajustar.
“Não, mas Zoey, eu juro por Deus Heath não ficou tão bêbedo depois do jogo. Você
não deveria ser tão dura com ele.”
“É,” eu disse distraída. “Claro.” Então eu tossi. De novo. Eu me sentia como lixo. Eu
devo estar pegando aquilo que o Sr. Wise, meu meio insano professor de biologia chama
de Praga Adolescente.
Se eu morrer, eu escapo do meu teste de geometria amanha? Uma pessoa pode
sonhar.
“Zoey, por favor. Você está ouvindo? Eu acho que ele só tomou tipo quatro – eu não
sei – talvez seis cervejas, e talvez tipo três doses. Mas isso é completamente fora de
questão. Ele provavelmente nem teria tomado nada daquilo se seus pais idiotas não
tivessem feito você ir pra casa logo depois do jogo.”
Nós partilhamos um sofrido e longo olhar, em total concordância sobre a última
injustiça cometida contra mim por minha mãe e o meu padrasto perdedor com quem ela
se casou a três longos anos atrás. Então, depois de meio suspiro, K estava de volta a sua
tagarelice.
“E mais, ele estava celebrando. Eu quero dizer nós vencemos o Union!” K balançou
meus ombros e pôs seu rosto perto do meu. “Olá! Seu namorado-“
“Meu quase namorado,” eu corrigi ela, tentando não tossir nela.
“Tanto faz. Heath é nosso zagueiro então é claro que ele vai celebrar. Já fazia tipo
um milhão de anos desde que a Broken Arrow derrotou o Union.”
“Dezesseis anos.” Eu sou péssima em matemática, mas a matemática de K faz a
minha parecer genial.
“De novo, tanto faz. O ponto é, ele estava feliz. Você deveria dar a ele um tempo.”
“O ponto é que ele estava bêbado pela quinta vez essa semana. Eu sinto muito, mas
eu não quero sair com um cara cuja maior preocupação na vida mudou de tentar jogar
futebol na faculdade a tentar beber um pacote de cerveja sem vomitar.” Eu tive que
pausar para tossir. Eu estava me sentindo um pouco tonta e me forcei a respirar devagar
quando o ataque de tosse parou. Não que a tagarela da K tenha notado.
“Eww! Heath, gordo! Não é um visual que eu queira.”
Eu consegui ignorar mais uma vontade de tossir. “E beijar ele é como beijar um pé
ensopado de álcool.”
K levantou seu rosto. “Ok, nojento. Pena que ele é tão gostoso.” Eu virei os olhos,
sem me incomodar em tentar esconder meu aborrecimento com a típica superficialidade
dela.
“Você é tão mau humorada quando está doente. De qualquer forma, você não tem
idéia do quão cachorro perdido o Heath parecia depois que você o ignorou no almoço. Ele
não podia nem mesmo...”
Então eu o vi. O cara morto. Ok, eu percebi bem rápido que ele não estava
tecnicamente “morto.” Ele estava morto vivo. Ou não humano. Tanto faz. Cientistas dizem
uma coisa, pessoas dizem outra, mas o resultado final é o mesmo. Não tinha erro sobre o
que ele era e mesmo que eu não tivesse sentido o poder e as trevas que irradiavam dele,
não tinha jeito que eu podia ignorar a Marca, a safira em forma de lua crescente em sua
testa e a tatuagem adicional que emoldurava seus olhos igualmente azuis.
Diabos, que merda! Ele estava perto do meu armário.
“Zoey, você não está me ouvindo!”
Então o vampiro falou e suas palavras cerimônias cruzaram o espaço entre nós,
perigosas e sedutoras, como sangue misturado com chocolate derretido.
‘Zoey Montgomery! A noite escolheu-te; tua morte será teu nascimento. A noite
chama-te; Escuta a doce voz Dela. Teu destino te aguarda na Casa da noite!*” (* House
of Night)
Ele levantou um longo, e branco dedo e apontou para mim. Enquanto minha testa
explodia de dor Kayla abriu sua boca e gritou.
Quando os pontos brancos finalmente saíram dos meus olhos eu olhei pra cima e vi o
rosto sem cor de K me olhar. Como sempre, eu disse a primeira coisa ridícula que veio na
minha mente. “K, seus olhos estão saltados para fora da sua cabeça como um peixe.”
“Ele Marcou você. Oh,Zoey! Você tem o contorno daquela coisa na sua testa!” Então
ela pressionou uma mão tremula contra seus lábios brancos, falhando em segurar o choro.
Eu sentei e tossi. Eu tinha uma dor de cabeça que estava me matando, e eu
esfreguei o ponto bem entre minhas sobrancelhas. Ela estava pinicando como se uma
vespa tivesse me mordido e irradiava dor para os meus olhos, até as minhas bochechas.
Eu senti que talvez fosse vomitar.
“Zoey!” K estava realmente chorando agora e tinha que falar entre soluços.
“Oh.Meu.Deus. Aquele cara era um rastreador – um vampiro Rastreador!”
“K.” Eu pisquei com força, tentando limpar a dor da minha cabeça. “Pare de chorar.
Você sabe que eu odeio quando você chora.” Eu me ergui tentando dar uma palmada
reconfortante nos ombros dela. E ela automaticamente contraiu os músculos, e se afastou
de mim.
Eu não podia acreditar. Ela tinha mesmo se contraído, como se ela tivesse medo de
mim. Ela deve ter visto a magoa nos meus olhos porque ela instantaneamente começou a
tagarelar.
“Oh,Deus, Zoey! O que você vai fazer? Você não pode ir para aquele lugar. Você não
pode ser uma daquelas coisas. Isso não pode estar acontecendo! Com quem eu devo ir a
todos aqueles jogos de futebol?”
Eu notei que durante todo seu discurso ela nem uma vez se aproximou de mim. Eu
me senti doente, e magoada ameaçava começar a chorar. Meus olhos secaram
imediatamente. Eu era boa em esconder lagrimas. Eu deveria ser; eu tive três anos pra
ficar boa nisso.
“Está tudo bem. Eu vou descobrir o que fazer. Provavelmente é algum... algum erro
bizarro,” eu menti. Eu não estava realmente falando; eu estava só fazendo palavras
saírem da minha boca. Ainda fazendo careta por causa da dor em minha cabeça, eu
levantei. Olhando ao redor eu senti um pouco de alivio que K e eu eram as únicas no
corredor, então eu tive que segurar o que eu sabia que era uma risada histérica. Se eu
não tivesse completamente enlouquecida por causa da prova de geometria dos infernos
de amanhã, e não tivesse voltado para o meu armário para pegar meus livros para que eu
pudesse tentar obsessivamente (e sem conseguir) estudar hoje a noite, o Rastreador teria
me encontrado parada no lado de fora da escola com mais ou menos 1,300 adolescentes
que iam para o colégio Broken Arrows esperando pelo o que a minha irmã estupidamente
parecia com a Barbie gostava de chamar de “as grandes e amarelas limusines.” Eu tenho
um carro, mas ficar com os menos afortunados que tem que andar de ônibus é uma
tradição honrada, sem mencionar que é um jeito excelente de ver quem está dando em
cima de quem. Como era, só tinha mais um garoto parado no corredor – um idiota alto
com dentes problemáticos, que eu não pude, infelizmente, ver muito porque ele estava
parado lá com sua boca aberta me encarando como se eu tivesse dado a luz a porcos
voadores.
Eu tossi de novo, dessa vez realmente forte, tosse nojenta. O idiota fez um som
agudo e correu pelo corredor até a sala da Sra. Day agarrado a uma tabua que ele pôs no
peito. Parece que o clube de xadrez tinha mudado suas reuniões para segundas depois da
aula.
Vampiros jogam xadrez? Teria vampiros CDF’s? E que tal lideres de torcida parecidas
com a Barbie? Vampiros tocavam numa banda? Existiam vampiros Emos com aquela
esquisitice de caras usando calças para garotas e aquelas franjas horríveis para cobrir
metade do rosto deles? Ou eles são todos aqueles góticos esquisitos que não gostavam de
tomar muito banho? Eu iria me transformar numa Gótica? Ou pior, num Emo? Eu não
gostava muito de usar preto, pelo menos não exclusivamente, e eu estava não estava
sentindo uma repentina aversão a sabonete ou água, e também não tinha um desejo
obsessivo de mudar meu corte de cabelo e usar muito delineador.
Tudo isso girava na minha mente enquanto eu sentia outra histérica risada tentando
escapar da minha garganta, e eu fiquei quase agradecida quando saiu como uma tosse.
“Zoey? Você está bem?” A voz de Kayla parecia muito alta, como se alguém estivesse
aumentando ela, e ela deu outro passo para longe de mim.
Eu suspirei e senti raiva. Não era como se eu tivesse pedido por isso. K e eu éramos
amigas desde a 3º série, e agora ela estava olhando para mim como se eu tivesse me
transformado em um monstro.
“Kayla, sou só eu. A mesma que eu era dois segundos atrás e duas horas atrás e dois
dias atrás.” Eu fiz um gesto frustrante para a minha cabeça dolorida. “Isso não muda
quem eu sou!”
Os olhos de K se encheram de lagrimas de novo, mas, graças a Deus, o telefone dela
começou a cantar “Material Girl” da Madonna. Automaticamente, ela olhou para o
identificador de chamada. Eu podia notar pelo seu olhar que era o seu namorado, Jared.
“Vai nessa,” eu disse numa voz chata e cansada. “Vá pra casa com ele.” Seu olhar de
alivio foi como um tapa na minha cara.
“Me liga depois?” Ela saiu correndo pelo corredor.
Eu observei ela se apressar até o estacionamento. Eu podia ver que ela tinha seu
telefone amassado em seu ouvido e ela estava falando animada com Jared. Eu tenho
certeza que ela já estava contando pra ele que eu tinha virado um monstro.
O problema, é claro, de me transformar em um monstro era o brilho das minhas
duas opções. Opção numero 1: Eu viro um vampiro, o que é igual a um monstro na mente
humana. Opção número 2: Meu corpo rejeita a Mudança e eu morro. Pra sempre.
Veja a boa noticia é que eu não ia ter que fazer o teste de geometria amanhã. A má
noticia é que eu tinha que me mudar para a House Of Night, um internato em Tulsa,
conhecido pelos meus amigos como a Escola Particular dos Vampiros, onde eu passaria os
próximos 4 anos passando por mudanças físicas bizarras, assim como uma mudança total
e permanente na minha vida. E isso apenas se todo o processo não me matasse.
Ótimo. Eu não queria isso também. Eu só queria tentar ser normal, apesar dos pais
mega conservadores, meu irmão mais novo parecido com um troll, e minha tão perfeita
irmã mais velha. Eu queria passar em geometria. Eu queria manter minhas notas altas
para que eu pudesse ser aceita na faculdade veterinária da OSU e queria sair de Broken
Arrow, Oklahoma.
Mas o principal, eu queria me encaixar – pelo menos na escola. Minha casa era sem
esperança, então tudo que eu tinha eram meus amigos e minha vida longe da minha
família. Agora tudo estava sendo tirado de mim, também. Eu esfreguei minha testa e
então mexi no meu cabeço até que ele cobrisse meus olhos em parte, e, com alguma
sorte, a marca que aparecia em cima deles. Mantendo minha cabeça abaixada, como se
eu estivesse fascinada pela meleca que grudou na minha boca, eu corri em direção a
porta que levava para o estacionamento.
Mas eu parei assim que cheguei lá fora. Pelas janelas lado a lado do eu pude ver
Heath. As garotas se amontoavam perto dele, fazendo pose e virando seus cabelos,
enquanto os caras colocavam em movimentos picapes ridiculamente enormes e tentavam
(e quase falhavam) parecer legais. E eu escolhi aquilo para me sentir atraída? Não, para
ser honesta comigo mesma eu deveria lembrar que Heath costumava ser incrivelmente
doce, e mesmo agora ele tinha seus momentos. Principalmente quando ele estava sóbrio.
Garotas afetadas se viraram pra mim no estacionamento. Ótimo. Kathy Richter, a
maior vadia da escola, estava fingindo beijar Heath. Mesmo de onde eu estava parada era
obvio que ela pensava que dar em cima dele era algum timo de ritual de acasalamento.
Como sempre, sem notar Heath estava só parado lá rindo. Bem, diabos, não iria ficar
melhor. E meu Bug azul VW 1966 estava bem no meio deles. Não. Eu não podia ir até lá.
Eu não podia andar até o meio deles com aquela coisa na minha testa. Eu nunca seria
capaz de ser parte deles de novo. Eu já sabia muito bem o que eu tinha que fazer. Eu
lembrava do último garoto que um Rastreador tinha escolhido na escola.
Começou no inicio do ano escolar ano passado. O Rastreador tinha vindo antes da
aula começar e tinha apontado para o garoto enquanto ele estava andando para seu
primeiro período. Eu não vi o Rastreador, mas eu vi o garoto depois, por só um segundo,
depois que ele derrubou seus livros e saiu correndo do prédio, sua nova Marca brilhado na
sua testa pálida e lagrimas correndo por suas bochechas. Eu nunca esqueci o quão lotados
os corredores estavam aquela manhã, e como todos se afastaram dele como se ele tivesse
a peste negra enquanto ele corria para escapar da escola. Eu tinha sido um dos que se
afastaram dele e o encararam, apesar deu sentir pena dele. Eu só não queria ser rotulada
como a única garota que era amiga daquelas aberrações. Meio irônico agora, não é?
Ao invés de ir para o meu carro eu fui para o restaurante mais próximo, que estava,
graças a Deus, vazio. Havia três bancos – sim, eu chequei cada um duas vezes. Na parede
havia duas pias, e que em cima estavam perdurados dois espelhos de tamanho médio. Do
outro lado da pia o lado oposto da parede era coberto com um grande espelho que tinha
uma prateleira abaixo para colocar maquiagem ou qualquer coisa assim. Eu coloquei
minha bolsa e meu livro de geometria na prateleira, respirei fundo, e em um movimento
levantei minha cabeça e tirei o cabelo do rosto.
Era como olhar para o rosto de um estranho familiar. Sabe, aquela pessoa que você
vê numa multidão e jura que conhece, mas na verdade não conhece? Agora ela era eu – a
estranha familiar.
Ela tinha meus olhos. Tinha aquela mesma cor que nunca consegue decidir se é
verde ou marrom, mas meus olhos nunca foram grandes e redondos. Ou eles eram? Ela
tinha meu cabelo – comprido e reto e quase tão escuro quanto o da minha vó tinha sido
antes dele começar a ficar branco. A estranha tinha minhas bochechas, um longo e forte
nariz, e uma boca larga – mais características da minha vó e dos seus ancestrais
Cherokee. Mas meu rosto nunca foi tão pálido. Ele sempre foi meio azeitonado, uma cor
muita mais escura que qualquer um na minha família. Mas talvez não fosse minha pele
que de repente estava tão branca... talvez só parecesse mais pálida em comparação com
as linhas azul escuro que desenhavam uma lua crescente que estava perfeitamente
posicionada no meio da minha testa. Ou talvez fosse aquela terrível luz fluorescente. Eu
esperava que fosse a luz.
Eu encarei aquela exótica tatuagem. Misturada com minhas feições fortes dos
Cherokee parecia me dar um toque de selvagem... como se eu pertencesse a um tempos
antigos quando o mundo era maior... mais bárbaro.
Desse dia em diante minha vida nunca seria a mesma. E por um momento – só um
instante – eu esqueci do horror de não pertencer a lugar nenhum e senti uma chocante
explosão de prazer, enquanto profundamente dentro de mim o sangue do povo da minha
avó se alegrava.


4 comentários:

  1. meu esse livro é mt mt mt trrii

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  2. nuss to começando a ler agr e axei mto legal.

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  3. Eu estou com o livro volume 2 da série, mas eu tinha que ler o primeiro livro porque ainda não o li, então resolvi procurar na net e achei esse blog, então quero dizer PARABÉNS, porque eu gostei muito, agora eu posso ler a história do 1º livro sossegada! mas eu preciso dos outros capítulos,só que não estou conseguindo achá-los aqui, então se tiver eles também eu agradeço. Vlw e beijos (L)

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